De acordo com a entidade, os padrões de atendimentos do médium não correspondem à doutrina espírita.
Geraldo Campetti vice-presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), informou que depois das centenas de denuncias de vários crimes de natureza sexual, contra o médium João de Deus começaram a aparecer, muitas pessoas começaram a procurar a Federação e as casas espíritas em busca de informações sobre atendimentos de cura e mediunidade.
Ele explica que o médium é uma pessoa comum e que todas as pessoas têm mediunidade, a diferença é que algumas conseguem desenvolvê-la, através de aprendizado e força de vontade.
“Basta desenvolvê-la de maneira adequada”, diz Campetti.
De acordo com o vice-presidente da FEB, o problema é quando se confundem “os valores materiais com o dom espiritual”.
“A vaidade é responsável pelo maior índice de fracasso dos médiuns
O espírita diz que conheceu a Casa Dom Inácio de Loyola em Abadiânia e conheceu João de Deus nos anos 1980.
Ele disse que chegou a presenciar cirurgias com cortes e percebeu a força mediúnica do líder do local. Mas explica que a mediunidade pode ser perdida, principalmente se ela estiver relacionada ao personalismo e a vaidade.
“João de Deus não é espírita”.
A Federação Espírita Brasileira emitiu uma nota pública alertando sobre praticas de atendimento.
“O Espiritismo orienta que o serviço espiritual não deve ocorrer isoladamente, apenas com a presença do médium e da pessoa assistida.
Não recomenda, portanto, a atividade de médiuns que atuem em trabalho individual, por conta própria. Estes não estão vinculados ao Movimento Espírita, nem seguindo sua orientação.”, dizia a nota.
A Casa Dom Inácio de Loyola e João de Deus não são vinculados à Federação Espírita Brasileira.