A Universidade de Notre Dame fez um estudo com 600 crianças e descobriu que dar colo e acalentar os bebês os torna mais felizes e confiante
Uma questão que divide opiniões na hora dos cuidados e criação dos filhos, e o quanto uma criança pode ou não ficar no colo dos pais. Todas as mães e pais de filhos pequenos pelo menos uma vez já ouviram palpites sobre o assunto.
“Deixa essa criança no berço! Você fica pegando toda hora. Ela vai ficar mal-acostumada”
Entretanto, pesquisadores da área de psicologia da Universidade de Notre Dame, realizam um estudo e concluíram que pessoas que receberam muito carinho e bastante colo na primeira infância, se tornaram adultos com menos propensão a ansiedade, depressão e têm melhor saúde mental.
Para a realização do projeto, 600 pessoas foram entrevistadas e responderam questões sobre sua primeira infância, relacionamento com pais e familiares e educação que receberam.
Depois uma nova fase de perguntas, tratou de temas da vida atual dos participantes.
Depois de cruzar os dados, ficou claro que os que tiveram uma relacionamento com pais, avós e familiares e foram mais acalentados, não só têm funcionamento psíquico mais saudável, como também têm mais habilidades sociais e são mais felizes com os relacionamentos.
“Que os pais os abracem, que os toquem, que os embalem. Isso é que os bebês esperam. Eles crescem melhor dessa maneira. Isso os mantém calmos porque todos os sistemas corporais e neuronais ainda estão se estabelecendo, descobrindo como vão funcionar. Se os adultos deixam que os bebês chorem muito, esses sistemas desenvolverão um gatilho fácil para o estresse. Por isso, os adultos que tiveram menos contato e menos carinho costumam ter reações de estresse mais vezes e sentem dificuldades para se acalmar”, diz Darcia Narvaez, professora de psicologia da Universidade de Notre Dame e líder da pesquisa .
“É preciso oferecer um colo calmo, paciente e carinhoso porque pegar uma criança com irritação e demonstrando impaciência é ruim. Sacudindo e falando alto acaba assustando mais do que acalentando”, explica Martins Filho.
A qualidade do tempo passado com os filhos também interfere diretamente na sua vida adulta. Especialistas lembram que acalentar, dar colo, atenção e carinho, não implica em fazer tudo que os filhos querem, e que impor limites claros também só traz benefícios.