A atriz Cissa Guimarães emocionou o Brasil ao celebrar a prisão dos responsáveis pela morte de seu filho, Rafael Mascarenhas, em entrevista ao programa Fantástico da TV Globo no domingo (3/9). A notícia da intimação de prisão foi dada pela jornalista Renata Ceribelli, levando Cissa às lágrimas.
Cissa Guimarães cobrava justiça há anos no caso de seu filho, Rafael de Souza Bussamra, e Roberto Bussamra, os responsáveis pelo trágico acidente que tirou a vida de Rafael, de apenas 18 anos, em 2010, no túnel antigo Acústico, no Rio de Janeiro. Em decorrência desse evento, o túnel foi renomeado em homenagem a Rafael.
A espera por justiça foi longa, com aproximadamente 13 anos de processo judicial. A atriz expressou sua gratidão pela justiça finalmente sendo feita, embora lamentasse a demora. “Treze anos não são 13 dias. É um alívio a justiça ser feita”, disse Cissa. Ela nunca desistiu de buscar justiça para o filho, apesar da lentidão do processo.
A condenação dos culpados ocorreu em janeiro de 2015, mas os acusados apelaram em diversas instâncias judiciais, prolongando o sofrimento de Cissa. No entanto, em maio de 2023, se esgotaram as opções de recurso, permitindo que a justiça finalmente fosse servida. Para Cissa, a demora no processo causou um grande sofrimento.
“Treze anos não são 13 dias. É um alívio a justiça ser feita. E, vencer essa batalha, que eu acho que já tinha que ser vencida há tanto tempo… Mas eu nunca desisti, nunca mesmo”, disse.
Enquanto nada poderá trazer seu filho de volta, Cissa acredita que a condenação dos responsáveis é importante para dignificar a vida de Rafael e honrar sua memória. Ela também expressou que nunca superará a perda de seu filho, mas agradece profundamente por tê-lo tido em sua vida.
“É reviver tudo de novo. Tudo de novo. É reviver exatamente, literalmente, tudo de novo. Eu sei que nada vai trazer meu filho de volta, mas essa justiça precisa ser feita”, afirmou Cissa ao Fantástico.
Prisão Semiaberta
Quanto às penas, o atropelador, Rafael Bussamra, inicialmente condenado a 12 anos e nove meses, cumprirá três anos e seis meses pelo crime de homicídio culposo, uma vez que participava de um racha antes do acidente.
Já o pai de Rafael, Roberto Bussamra, inicialmente condenado a oito anos e 11 meses, cumprirá três anos e 10 meses por corrupção, pois tentou acobertar o crime pagando propina a policiais. Ambos começarão cumprindo pena no regime semiaberto, o que significa que dormirão na prisão, mas terão permissão para sair durante o dia para trabalhar. Os condenados têm 15 dias a partir da intimação para se apresentarem à Justiça.
