A cantora Gal Costa, que faleceu em novembro de 2022, aos 77 anos, foi confirmada, segundo o portal G1. Causa da morte é divulgada.
Após muitas especulações, sobre a verdadeira causa da morte da artista, que pareceu ter muitos segredos. Na última quinta-feira (27/7), a certidão de óbito, informa que a cantora Gal Costa foi a óbito em decorrência de um infarto fulminante no miocárdio, sendo a causa uma neoplasia maligna [um câncer] de cabeça e pescoço.
Para tratar da saúde, Gal Costa precisou se afastar dos palcos, já com agenda marcada.
Mas esse não foi o único problema que Gal Costa enfrentou, a vida financeira da cantora não estava bem. Com as mensalidades do seguro de saúde atrasadas, em setembro do ano passado, ela teve risco de não fazer a cirurgia que fez para a retirada de um nódulo na fossa nasal direita.
Quem foi Gal Costa? A Voz Única da Música Popular Brasileira
Gal Costa, cujo nome verdadeiro é Maria da Graça Costa Penna Burgos, nasceu no dia 26 de setembro de 1945, na cidade de Salvador, Bahia. Desde cedo, demonstrou talento e interesse pela música, influenciada pelo rico cenário cultural da região nordeste do Brasil.
Sua carreira decolou nos anos 1960, quando se mudou para o Rio de Janeiro e se tornou uma das principais expoentes do movimento tropicalista, ao lado de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e outros artistas inovadores da época.
O tropicalismo foi um movimento artístico e musical que rompeu com padrões tradicionais e incorporou elementos da cultura popular brasileira, da música estrangeira e de vanguarda.
Gal Costa rapidamente ganhou notoriedade por sua voz única e interpretação singular. Seu primeiro álbum, “Domingo,” foi lançado em 1967 em parceria com Caetano Veloso, e apresentou ao público a doce e poderosa voz que se tornaria sua marca registrada. Com o passar do tempo, ela desenvolveu um estilo próprio, mesclando bossa nova, samba, rock e MPB (Música Popular Brasileira).
Nos anos 1970, Gal Costa consolidou sua posição como uma das grandes cantoras da música brasileira ao lançar álbuns icônicos como “Gal Costa” (1969), “Índia” (1973) e “Cantar” (1974).
A voz de Gal Costa é versátil e pode ser doce e suave ou forte e intensa, dependendo do contexto da música. Suas apresentações ao vivo são conhecidas por sua energia contagiante e sua capacidade de emocionar o público.
Ao longo de sua trajetória, ela sempre buscou inovar e experimentar, incorporando novos estilos e parcerias musicais, o que lhe rendeu uma carreira longeva e relevante.
Ao longo das décadas, Gal Costa lançou mais de trinta álbuns e colaborou com diversos artistas talentosos, tanto brasileiros quanto internacionais. Sua discografia inclui músicas memoráveis como “Baby,” “Folhetim,” “Modinha para Gabriela,” “Cabelo,” “London, London” e muitas outras.
Além de sua carreira solo, Gal Costa participou de projetos coletivos que marcaram a história da música brasileira, como o álbum “Doces Bárbaros”, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia, e o espetáculo “O Grande Encontro,” com Elba Ramalho, Alceu Valença e outros grandes artistas do nordeste brasileiro.
Ao longo de sua carreira, Gal Costa foi agraciada com inúmeros prêmios e homenagens, reconhecendo sua contribuição para a música brasileira e sua importância como ícone cultural. Ela transcendeu fronteiras, conquistando fãs em todo o mundo e se apresentando em diversos países.
Gal Costa é uma artista atemporal, que continua influenciando novas gerações de cantores e músicos, e sua música permanece viva no coração de milhões de pessoas. Com uma carreira marcada pela autenticidade e inovação, ela é verdadeiramente uma das maiores vozes da música popular brasileira e um tesouro cultural do Brasil.