A estudante Vitória Cristina Queiroz dos Santos, 21 anos, após receber uma superdosagem de remédio no hospital, não resistiu.
Raquel Príncipe dos Santos, é mãe de Vitória e farmacêutica. Ela faz um alerta sobre a perda da filha, pela medicação e fala que toda a família está em choque.
“Metade de mim morreu naquele dia, mas eu tenho que ser forte. Eu jamais imaginei que minha filha não ia voltar pra casa comigo”, disse a mãe.
A jovem deu entrada no Hospital Municipal de Silvânia, com crise de ansiedade no dia 3 de julho.
A jovem teria sido medicada com uma superdosagem de remédio,o caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO).
Raquel disse que não sabia mais o que fazer para ajudar a filha, então a levou para o hospital.
“Meu esposo está muito debilitado. Meus filhos estão chorosos, eles dormem com a gente agora. Eu amanheço chorando, eu vou dormir chorando. Ainda não aceito que minha filha não tá comigo mais. A minha mãe está em depressão”, contou Raquel que tem mais 4 filhos menores.
Jovem foi encaminhada para UPA
Após ser medicada com uma superdosagem, Vitória foi levada ao Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e depois para o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (Hmap), sendo então confirmada a morte cerebral.
O médico diretor clínico e a coordenadora de enfermagem do Hospital Municipal de Silvânia, foram afastados pela Secretaria de Saúde, segundo o advogado Jales Gregório, que explicou ao G1, qual foi a medicação.
“Eram medicamentos com a finalidade de entubação, não ansiedade. Normalmente utilizam para entubação 1 a 1.2 microgramas de um dos remédios, por peso. Ela teria que tomar 50 microgramas, mas foram aplicadas 4 ampolas de 10 miligramas, 2 mil microgramas”, disse ele.
Segundo o G1, o delegado responsável pelo caso, informou o motivo do afastamento do médico e da coordenadora de enfermagem.
“Consta no inquérito que houve uma tentativa de suprimir documentos e a secretária tentou coagir servidores. O médico preencheu o prontuário falso sobre o que administrou na paciente. A coordenadora produziu documentos omitindo a quantidade, procedimentos e remédios administrados pelas enfermeiras”.