A americana Amy Bright ficou surpresa quando médicos descobriram a causa da dor constante que ela sentia próximo ao cóccix e na perna esquerda
Amy viva com uma dor constante e inexplicável na região da lombar e das pernas, e isso durou anos, ela não fazia ideia de que havia uma agulha da peridural de cerca de 3 centímetros alojada em sua coluna.
A agulha foi esquecida no corpo de Amy durante a cesárea de seu filho caçula no Hospital Naval de Jacksonville, nos Estados Unidos em setembro de 2003.
Agora Amy está processando o hospital por negligência médica e fraude.
“A dor é como fogo, como se houvesse alguém me cutucando constantemente perto do meu cóccix”, ela contou em uma entrevista coletiva dada no escritório de seu advogado Sean Cronin para diversos veículos da mídia estadunidense.
“E, às vezes, ela se espalha como uma fisgada dolorosa para o lado esquerdo da minha perna, passa pela panturrilha e chega até o meu pé”.
Apesar de ter sentido dor desde o momento em que pegou o filho nos braços, com o passar dos anos ela disse que a intensidade foi aumentando e que em 2017 ficou insuportável, e depois de insistir com os médicos eles fizeram uma tomografia computadorizada de sua coluna para entender o que ocorria.
Cronin, o advogado da americana, disse ter ficado “sem palavras” ao descobrir que a equipe médica não contara para Amy sobre a presença da agulha depois da cesárea, mesmo tendo conhecimento do fato.
“Quando eles retiram a agulha precisam conferir se ela saiu por inteiro. Há documentação médica mostrando que eles tentaram sem sucesso retirar a agulha da espinha dela em setembro de 2003, mas isso nunca foi comunicado”.
Segundo a equipe médica que acompanha Amy agora, a agulha causou um dano permanente no nervo e a dor tende a piorar com o passar do tempo. A cirurgia para retirar o objeto hoje em dia é arriscada e poderia deixar Amy paralisada, então ela provavelmente terá que viver com o objeto dentro do corpo pelo resto da vida.
Para Amy, a coisa que mais a entristece é a omissão da equipe médica.
“Se eles fossem minimamente humanos, teriam me dito ‘desculpe, cometemos um erro imenso, vamos consertá-lo”, afirmou. “Mas ao invés disso decidiram não me contar o que havia acontecido”.