Muitas pessoas desenvolvem a doença devido aos mais hábitos e estresse contínuo.
O gastroenterologista Alexandre Sakano, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, advertiu que pessoas muito estressadas, que vivem constantemente nervosas, são propensas a desenvolver a gastrite.
Ele explicou que ao ficar nervoso, o ser humano libera muita adrenalina que estimula a produção de suco gástrico, que é ácido e tem a função de digerir os alimentos, mas essa liberação excessiva e contínua de ácido, faz com que as paredes do estômago fiquem ‘queimando’, e isso causa as dores.
De acordo com o especialista, mesmo quem não sofre de gastrite, ao passar por situações de nervosismo, estresse ou forte ansiedade, pode desencadear a dor.
“Se a pessoa passa por essas situações de maneira contínua, as dores podem evoluir para uma gastrite”, explica.
Vários fatores podem desencadear a gastrite
Maus hábitos alimentares, como consumo excessivo de gorduras, exagero de bebidas alcoólicas, cigarro, são outros fatores que contribuem para a irritação das paredes do estômago que pode evoluir para a gastrite.
Irritação causada por medicações também podem ocasionar a inflamação.
“Os anti-inflamatórios agem numa substância chamada prostaglandina, que bloqueia e controla a liberação de ácido no estômago. Quando bloqueamos essa substância, a dor melhora, mas perdemos o controle da liberação de ácido, que é produzido e liberado em maior quantidade, irritando as paredes do órgão” explica.
A bactéria H. Pilory também é uma das responsáveis por problemas gástricos, e ela causa grande desconforto e necessita de tratamento.
Em casos mais extremos a gastrite não tratada, pode evoluir para uma úlcera, que é uma espécie de ferida ou lesão dos tecidos.
O médico explica que o tratamento vai além do uso de medicamentos, e necessita de uma mudança nos hábitos alimentares e estilo de vida.
Se alimentar melhor, evitar excessos, praticar exercícios físicos, beber bastante água, e cuidar da ansiedade e nervosismo, fazem parte da recuperação.